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Por Andrey Nicioli: Partilhando a vida, pensamentos, notícias... Falando sobre tudo!!!



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Por uma Igreja que pensa

Gostaria de compartilhar esse bele poema escrito pelo experiente padre Zezinho. Uma verdadeira sabedoria.

Leitores que não preparam as leituras.
Cantores que não ensaiam os cantos.
Coroinhas que não ensaiam sua parte.
Sacerdotes que não preparam seus sermões.
Catequistas que não lêem os documentos da Igreja.

Pregadores que não leram o catecismo.
Cantores de desafinados que insistem em liderar os cantos da missa.
Músicos sem ritmo e sem ensaios que tocam alto e errado.
Cantores que dão show de uma hora
sem perceber que a guitarra e o baixo estão desafinados.
De quebra, também um dos solistas...

Autores que não aceitam corrigir seus textos e suas letras,
antes de apresentá-los a milhões de irmãos na fé.
Cantores que teimam em repetir uma canção
cuja letra o bispo já disse que não quer que se cante mais.
Párocos que permitem que qualquer um lidere as leituras e o canto.
Párocos que permitem qualquer canção, mesmo se vier errada.

Sacerdotes que ensinam doutrinas condenadas pela Igreja,
práticas e devoções com ranços de heresia ou de desvio doutrinário.
Animadores de programas católicos com zero conhecimento de doutrina.

***Parecemos um hospital que, na falta de médicos na sala de cirurgia,
permite aos secretários, porteiros e aos voluntários bem intencionados que operem o coração dos seus pacientes.

Há católicos aconselhando, sem ter estudado psicologia.
Há pregadores receitando, sem conhecer a teologia moral.
E há indivíduos ensinando o que lhes vem na cabeça,
porque, entusiasmados com sua fama e sua repercussão,
acham que podem ensinar o que o Espírito Santo lhes disse naquela hora.

Nem sequer se perguntam se de fato era o Espírito Santo que lhes falou
durante aquela adoração, ou aquela noite mal dormida!

Está faltando discernimento na nossa Igreja!
Como está parece a casa da mãe Joana,
onde todos falam e apenas uns poucos pensam no que falam.
Uma Igreja que não pensa acaba dando o que pensar!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Do bege ao roxo, Timão conserva história com seu manto alvinegro

Um texto escrito por um jornalista amigo meu, Carlos Augusto Ferrari. E olha que ele torce para o timinho do Morumbi

www.globoesporte.com

Cem anos de histórias e poucas mudanças. Títulos vieram, ídolos surgiram e a magia da camisa branca, do calção preto e das meias brancas segue inalterada. Muito próximo de seu centenário, o Corinthians mostra que ser fiel não é apenas fazer parte de uma das torcidas mais apaixonadas do futebol mundial e, sim, conservar a história de seu uniforme.

O hoje alvinegro um dia já foi bege, em homenagem ao Corinthian Casuals, clube inglês que deu origem ao Timão. A camisa de 1910 tinha detalhes em preto nas mangas, barra e gola. Os calções, feitos com sacos de farinha, eram brancos. A mudança aconteceu de uma forma curiosa. Após algumas lavagens, o clube percebeu que o tecido perdia parte da cor. Por isso, em 1916, optou por adotar definitivamente o branco na camisa.

Mantenha viva a história. Visite o site Memória Corinthiana

Quatro anos mais tarde, o Corinthians passaria a atuar com o uniforme que virou sua marca. Os calções passaram a ser pretos assim que a diretoria conseguiu dinheiro para comprá-los. A partir disso, surgiram as primeiras mudanças na camisa, como uma versão preta com listras brancas. O clube chegou a usar também uma toda preta e outra com uma faixa branca com o nome do clube, especialmente usada em clássicos contra São Paulo e Santos.

Em 1949, o Corinthians deixou de lado suas cores oficiais para prestar uma homenagem. O clube decidiu usar grená em um amistoso contra a Portuguesa como forma de mostrar sua tristeza pela tragédia que vitimou todo o elenco do Torino-ITA depois que o avião da equipe se chocou contra a basílica de Turim. Ninguém sobreviveu.

Mas não foi apenas em momentos de dor que o Timão mudou seu uniforme. Em 1969, uma situação curiosa fez a equipe ir a campo bem diferente. O Timão precisou emprestar um uniforme para poder enfrentar o Universitário, em Lima, já que o clube peruano também se vestia de branco.

- O Corinthians levou só o uniforme branco, mas os peruanos usavam a mesma cor. Então, jogou com uma camisa emprestada, amarela e preta, semelhante à do Peñarol-URU, com a gola vermelha – conta Celso Unzelte, autor do “Almanaque do Corinthians”.

A partir da década de 80, durante a Democracia Corintiana, o uniforme serviu também como um instrumento político. A publicidade estava liberada, mas o clube não conseguia encontrar patrocinadores. Assim, embalado pelas primeiras eleições diretas para governador depois da ditadura, o time estampou nas costas a frase “Dia 15, vote!”.

Ronaldo, aliás, não foi o primeiro jogador do Corinthians a lucrar também com os patrocínios do clube. Em 1984, a direção sofria para renovar o contrato do ídolo Sócrates. Entretanto, com ajuda de uma empresa, o clube conseguiu mantê-lo, mas, em troca, pintou um chuveiro na parte frontal da camisa.

Com o uniforme 1 preservado, o Timão passou a investir em modelos alternativos para arrecadar dinheiro. As criações, entretanto, nunca caíram no gosto da torcida. Em 1995, o estilista francês Ted Lapidus desenvolveu um uniforme para jogos internacionais. A camisa era preta com muitos detalhes em branco e não agradou.

Quatro anos mais tarde, outro terceiro uniforme, agora na cor preta com detalhes em cinza e amarelo. Durou somente um jogo. A Fiel não gostou do modelo e, logo na estreia, derrota para o Independiente-ARG, em casa, pela Copa Mercosul. No ano seguinte, o Corinthians jogou e venceu o Mundial Interclubes com uma camisa diferente. A produção tinha laterais em preto. Apesar do sucesso no campo, acabou aposentada logo após o torneio. Já em 2006, as listras brancas da segunda camisa foram trocadas por douradas para a Libertadores. Fracassou, como a equipe.

A chegada do presidente Andrés Sanches trouxe ao Corinthians mais novidades na camisa. O departamento de marketing decidiu criar um novo modelo, na cor roxa, em analogia ao fanatismo do torcedor. Curiosamente, parte da própria torcida não gostou. Apesar do sucesso de vendas, uma ala da Fiel exigiu que o clube não vestisse o uniforme em partidas oficiais. Isso aconteceu poucas vezes. São três edições do modelo, que deve ser aposentado em 2011.

Ao contrário da camisa, o escudo do Corinthians passou por várias alterações ao longo dos anos. O primeiro foi criado em 1912, dois anos depois da função, com as letras C e P. Em 1914, Hermógenes Barbuy, irmão de Amilcar Barbuy, um dos primeiros jogadores do clube, elaborou uma moldura para as letras e acrescentou o S, de Sport. Pouco tempo depois, a moldura ficar maior. A partir de 1919, o símbolo começa a ganhar o formato atual, com a bandeira do estado de São Paulo no centro.

- Em 1937, Getúlio Vargas baixou o Estado Novo e fez uma cerimônia pública de queima das bandeiras de todos os estados, pois queria governo forte e centralizado. A bandeira paulista, por exemplo, só sobreviveu dentro do escudo do Corinthians – contou Unzelte.

O pintor modernista Francisco Rebolo, jogador do segundo quadro do Timão nos anos 20, acrescentou ao distintivo os remos e a âncora, em alusão ao sucesso do clube nos esportes náuticos.

- O Corinthians vinha tendo muitas conquistas no remo no fim dos anos 30, e a diretoria queria um jeito de retratar isso no escudo. Nessa época, o Rebolo já era artista plástico e tinha encerrado a carreira de jogador, em 1937. O escudo foi em meados de 39. Como sabiam que ele era artista e já tinha jogado no Corinthians, chamaram para fazer o escudo. Então foi ele que instituiu a corda que rodeia o círculo, mais os dois remos e a âncora – recorda o publicitário Sérgio Rebollo Gonçalves, neto do pintor.

Depois disso, o símbolo corintiano passou por pequenas alterações ao longo do tempo, como na bandeira e na moldura. Em 1990, foi adicionada a primeira estrela em referência ao primeiro título brasileiro. O mesmo foi feito com as conquistas de 98, 99 e 2005, além do Mundial de 2000.

sábado, 14 de agosto de 2010

Reflexão Evangelho - 14/08/2010

Evangelho da Assunção de Nossa Senhora - Lc 1, 39-56

Reflexão retirada do site www.presbiteros.com.br

O cântico de Maria descreve o programa que Deus tinha começado a realizar desde o começo, que ele prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja, para todos os tempos.

Pela Visitação que teve lugar na Judeia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra.

Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Nesta festa, com Maria, proclamamos a obra grandiosa de Deus, que chama a humanidade a se juntar a ele pelo caminho da ressurreição.

Em Maria, Ele já realizou a sua obra na totalidade; com ela, nós proclamamos: “dispersou os soberbos, exaltou os humildes”. Os humildes são aqueles que crêem no cumprimento das palavras de Deus e se põem a caminho, aqueles que acolhem até ao mais íntimo do seu ser a Vida nova, Cristo, para o levar ao nosso mundo. Deus debruça-se sobre eles e cumpre neles maravilhas.

Rezar por Maria
Frequentemente, ouvimos a expressão: “rezar à Virgem Maria”… Esta maneira de falar não é absolutamente exacta, porque a oração cristã dirige-se a Deus, ao Pai, ao Filho e ao Espírito: só Deus atende a oração. Os nossos irmãos protestantes que, contrariamente ao que se pretende, por vezes têm a mesma fé que os católicos e os ortodoxos na Virgem Maria Mãe de Deus, recordam-nos que Maria é e se diz ela própria a Serva do Senhor.Rezar por Maria é pedir que ela reze por nós: “Rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte!” A sua intervenção maternal em Caná resume bem a sua intercessão em nosso favor. Ela é nossa “advogada” e diz-nos: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”

Rezar com Maria
Ela está ao nosso lado para nos levar na oração, como uma mãe sustenta a palavra balbuciante do seu filho. Na glória de Deus, na qual nós a honramos hoje, ela prossegue a missão que Jesus lhe confiou sobre a Cruz: “Eis o teu Filho!” Rezar com Maria, mais que nos ajoelharmos diante dela, é ajoelhar-se ao seu lado para nos juntarmos à sua oração. Ela acompanha-nos e guia-nos na nossa caminhada junto de Deus.

Rezar como Maria
Aprendemos junto de Maria os caminhos da oração. Na escola daquela que “guardava e meditava no seu coração” os acontecimentos do nascimento e da infância de Jesus, nós meditamos o Evangelho e, à luz do Espírito Santo, avançamos nos caminhos da verdade. A nossa oração torna-se acção de graças no eco ao Magnificat. Pomos os nossos passos nos passos de Maria para dizer com ela na confiança: “que tudo seja feito segundo a tua Palavra, Senhor!”

Semana Nacional da Família

E a família, como vai?

Editorial do jornal "A Gazeta de Jacutinga" - 13/08/2010

Durante esta semana a Igreja Católica celebrou, em todo país, a “Semana da Família”. Uma oportunidade para refletir e celebrar os valores dessa primeira comunidade: a família. Mas essas reflexões independem de crença ou religião. Afinal, nós viemos de um lar. Nossos primeiros aprendizados foram transmitidos por papai e mamãe.

Ainda me lembro, quando pequeno, meus pais me levavam à Igreja. O pátio da Matriz era o ponto de encontro das famílias. Enquanto os adultos conversavam, logo após a Missa, a criançada fazia a festa do pipoqueiro e depois, todos juntos, íamos pra casa da vó. Que tempo gostoso!

O ditado pode parecer velho, mas é verdadeiro: o tempo passa e a gente nem percebe. Daquela data até hoje se passaram pouco mais de duas décadas e como as coisas mudaram. O mesmo pátio daquela mesma Igreja já não reúne tantas famílias. Hoje é uma rodinha aqui, outra mais pra frente. As pessoas saem correndo. Já não “gastam” mais o tempo com o outro e muito menos com aquele que tem o mesmo sangue.

É interessante e ao mesmo tempo assustador perceber como os valores mudaram. Irmãos deixam de se falar por causa da herança. A palavra do pai ou da mãe deixou de ser ensinamento. Casamento, em alguns casos, não é fruto de um planejamento e de um amor, mas um acaso. Pais não respeitam filhos e estes, muito menos, respeitam os pais.

Como era gostoso quando família era apenas família. Pai se comunicava com o filho através de um olhar. Almoço de Natal era o acontecimento do ano. Havia uma ingenuidade no jeito de ser jovem. Não havia malícias ou más intenções.

É... mas tudo mudou. Muitos dão a isso o nome de modernidade e progresso. Longe de querer ser saudosista, mas curioso. Como era sua família há vinte anos? O que mudou nesse tempo? Era mais unida, mais esperançosa?

Se reclamamos tanto da falta de paz em nossas cidades, é porque falta paz também nas nossas famílias. É nela que aprendemos o respeito, a partilha, o perdão, enfim, aprendemos o amor. Que com a Semana da Família, reaprendamos a alegria que é ter uma família, reconquistando seus valores.