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Por Andrey Nicioli: Partilhando a vida, pensamentos, notícias... Falando sobre tudo!!!



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Corinthians

Certo dia, cansado de ouvir sempre a mesma pergunta (“por que você torce e é apaixonado pelo Corinthians?”) e também de dar a mesma resposta (“não tem explicação. Você nasce e não se torna corinthiano”), resolvi ter uma atitude filosófica e questionar essa minha paixão pelo Todo Poderoso Timão.

Para isso, resolvi ir no ponto central e descobrir o que é paixão. Essa palavra vem do grego, e significa sofrimento. Feito isso, as coisas se clarearam, e pude entender o porque de se apaixonar, de amar tanto um time que nasceu na periferia e foi se tornando grande, empolgando milhões de fiéis em torno de um mesmo grito: Salve o Corinthians, o campeão dos campeões.

Sofrimentos não faltam na vida de um torcedor do Timão. Temos que agüentar os nossos rivais falando que não temos um título de Libertadores, já ficamos 22 anos sem levantar um caneco, o ano de 2006 é para não entrar no calendário do torcedor (dos 69jogos disputados, ganhou-se apenas 28, além das inúmeras crises na diretoria), as brigas internas, ver jogador que não tem um mínimo de raça para vestir a camisa sagrada do time, entre tantas outras coisas que só machucam e atormentam a vida do torcedor. E mesmo assim continuamos apaixonados, e, o que mais me empolga, a torcida não para de crescer.

Mas como não aumentar se, apesar de todos os desgostos, nossa história é brilhante, apaixonante e de muita garra. Como não ser corinthiano e não sofrer por ele, se, em toda sua vida você já viu jogadores como o Doutor Sócrates, que jogava com inteligência e habilidade; Rivelino, o “Reizinho” do Parque, que tinha um domínio de bola surpreendente e deixava qualquer marcador desmantelado no chão; Cláudio, o “Gerente”, que ao lado de Baltazar e Luizinho, formou um dos melhores ataques do Timão, marcando 103 gols no Paulistão de 1953.

Como não ser corinthiano se você teve jogando no seu time Baltazar, o “Cabecinha de Ouro”, que pelo alto não perdia para ninguém; o “Pequeno Polegar”, Luizinho, que vestiu a camisa alvinegra em 610 jogos; como se esquecer da raça e dedicação de Wladimir, que defendeu o Timão em 805 partidas; ainda não poderia me esquecer de tantos outros, como Casagrande, Biro-Biro; Gilmar; Teleco, o “Pé de anjo” Marcelinho Carioca, Zé Elias, Neto, Basílio, Zé Maria, Gamarra, Rincón, Ronaldo, Zenon, Dida, Tupãzinho, Vampeta, Viola, Neco e até mesmo Carlitos Tevez.

É por toda essa história de conquistas e de alegrias que sou apaixonado pelo Corinthians. Como não se emocionar ao ver imagens de um Maracanã lotado de corinthianos, como na Seminfinal do Brasilerião de 1976. Como o dia de todo é torcedor é diferente quando o Todo Poderoso vence, mas, também quando perde, sabemos buscar forças e empurrar o time em busca da vitória.

Não consigo entender como um jogador, que ao vestir a camisa do Corinthians, não consegue ter o mínimo de esforço ao ver um Pacaembu lotado gritando pelo seu nome. Cada vez que vou a um estádio e vejo a torcida do Timão, que se diferencia das demais, pulando, incentivando, gritando, dá vontade de chorar, e com tudo isso, tem gente que vai com o uniforme limpinho para os vestiários.

É, cada vez mais passo a acreditar que o Corinthians é, verdadeiramente, uma religião. Tem-se uma relação de respeito, de amor, de devoção e lealdade. Uma vez corinthiano, sempre corinthiano. Quiçá as novas gerações, unindo-se à todos os demais torcedores, tenham o orgulho de dizer: Corinthiano Maloqueiro, sofredor, Graças a Deus.

Um comentário:

  1. "Ser corinthiano é ir além de ser ou não ser o primeiro", diz a música de toquinho! Nós celebramos a alegria de ser corinthiano, não apenas títulos... já cansei de tentar explicar aos outros o que é isso, tem que sentir, simplesmente. Ou nasce ou não nasce, ou ama, ou não ama, ou é ou não é. Para nós não tem meio termo. É a torcida q tem um clube, é uma família, é do povo...somos a garra, a farra e o amor, somos o décimo segundo jogador. Nós sabemos o q é amar, o q é sofrer...só nós sabemos o q é verdadeiramente ser corinthians, eternamente! Uma doença incurável, tanto faz, não pretendo sarar mesmo. Só lamento quem não nasceu e nunca pode nem poderá viver o q vivemos, sentir o q sentimos...
    bjos e saudações alvinegra

    ps: ainda em tempo, veja este vídeo q postei, mto bom, eu chorei! rs
    http://glauciafalandocomasparedes.blogspot.com/2010/05/corinthians-voce-sabe.html

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