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Por Andrey Nicioli: Partilhando a vida, pensamentos, notícias... Falando sobre tudo!!!



sábado, 20 de agosto de 2011

O namoro humano


O namoro é um encontro de duas pessoas. Encontro original, diferente, tocante, envolvente. Começa carregado de impulso, instinto, atração. Traz, porém consigo, horizontes maiores, surpresas arrebatadoras, descobertas e sonhos fascinantes. O namoro tem rumo, direção, objetivo. Não é um encontro qualquer. Não é epidérmico, nem destinado ao surfismo, à superficialidade, mas às profundezas e às alturas.

No namoro encontram-se duas histórias, duas consciências, dois futuros, duas necessidades, duas diferenças, dois mistérios que irão se olhar, se acolher, dialogar, sorrir, desabafar, confidenciar, confiar, decidir e conviver. O namoro é porta de entrada em direção à vida, ao amor, à família, à paternidade.

O namoro humano acontece mais na alma, no coração, na intenção, na consciência do que no corpo. Como é pobre, equivocada, vazia e frustrante a experiência do namoro onde só rola paixão, ciúme, sexo, transa. Egoísmo e imaturidade, despreparo e desconhecimento de si e do outro, fazem do namoro uma brincadeira erótica, cheia de enganos e desilusões. É preciso distinguir entre o que é gamar, gostar, amar. O coroamento do namoro é a decisão em contrair núpcias, formar família, transmitir e educar vidas e pessoas.

Namoro não é passa tempo, não é programa de fim de semana, não é mera camaradagem, companheirismo, aproveitamento, curtição, muito menos fuga de casa, medo de sobrar, imitação da moda (todo mundo faz), busca de auto-afirmação. Namoro é conhecimento mútuo, partilha de vida, esperança em ser mais, tempo de crescimento e amadurecimento.

O namoro verdadeiro é iluminado por um ideal, um valor objetivo, a realização de si e do outro. Pelo namoro as pessoas se preparam para a missão de ser esposos, de formar família e principalmente para responsabilidade e a beleza inaudita de serem pais de seus filhos. Muitos casamentos são forçados, apressados, imaturos, falsos, interesseiros, inseguros, despreparados porque o namoro e o noivado não foram além da carne, transformaram-se em erotismo, prazer, curtição, no sentido de “aproveitar a juventude”. Assim não pode dar certo.

Somos pessoas frágeis, feridas, portadoras de condicionamentos, imaturidades e até portadores de patologias profundas. Não é pois aconselhável namorar cedo demais. Namoro precoce é um risco. Logo aparecem as brigas, ciúmes, dificuldades de diálogo e até falta de assunto. Começa o afastamento das boas amizades, isolamento, as rupturas com a família, o desleixo nos estudos. Deste modo o namoro acaba em sofrimento e desgaste que envolve muita gente.

Precisamos devolver ao namoro o seu significado autêntico, livrá-lo da banalidade e de interesses egocêntricos. Namoro é uma experiência do amor humano que é visibilidade do amor de Deus pelo mundo. Se há alguém enamorado pela humanidade é Deus. Os namorados podem fazer uma grande experiência do amor de Deus através do namoro. O amor dos namorados ajuda-nos a descobrir o coração enamorado de Deus por seus filhos e filhas. É no namoro que está o início da educação de uma criança, e são colocados os alicerces de uma família estável, duradoura e feliz. Todos queremos ser decisivamente, autenticamente, pessoalmente amados. O caminho normal para esta experiência é o namoro que requer maturidade física, psicológica, ética e social. Namoro não é assunto privatizado, um relacionamento a dois, sem conseqüências para a vida. Pelo contrário, o que mais repercute na existência humana é o namoro porque é experiência de amor e caminho para a auto realização, para o bem da família e conseqüentemente da sociedade.

Em nossos dias, a experiência sexual é cada vez mais precoce e fortemente influenciada pela pornografia via internet, celular etc., por outro lado, a permissividade sexual dos adultos recebe também o nome de namoro. Chegou a hora de restituir ao namoro seu autêntico significado, ou seja, uma etapa, uma experiência de amar e ser amado com exclusividade, fidelidade, respeito, pois, amar é querer o bem do outro, amor de benevolência.

Fonte: www.portalcatolico.org.br


terça-feira, 26 de julho de 2011

Um Santuário de vida...


Ela parece perdida naquele imenso Santuário Nacional em Aparecida. Fica lá no cantinho, apenas vigiando, de longe, todos os que passam por aquela Igreja. Em nenhum momento Nossa Senhora chama atenção para Ela. Em hipótese alguma Ela se torna o centro, muito pelo contrário, a todo instante ela nos aponta e nos mostra Seu Filho Jesus.

Visitar aquele Santuário revigora nossa alma e nossa fé. É impressionante perceber o carinho e o respeito que o povo tem por Nossa Senhora e a adoração que tem por Deus. Quantas demonstrações de fé! Dezenas de pessoas atravessam a imensa passarela a pé, agradecendo por uma graça alcançada ou fazendo suas preces e pedidos, na confiança de que a vida definitivamente está nas mãos de Deus. Na sala das velas, mais provas da confiança no Pai do céu. De cada chama, de cada vela que ali se queima estão pedidos, súplicas, tristezas, vidas inteiras e pessoas, muitas vezes, desfragmentadas pelas crueldades do mundo. Fogo que se transforma em esperança.

Fico pensando: será que as pessoas deixaram de amar a Deus? Prefiro acreditar que não, mas penso que deveríamos buscar nosso Deus todos os dias, a cada amanhecer. É Nele que encontramos o maior tesouro. Não podemos ser católicos, cristãos apenas um dia, mas TODOS OS DIAS. Não basta apenas visitar o Santuário Nacional uma vez por ano, mas é necessário fazer do nosso ser um santuário de vida. Pois é nesse Santuário interior, cheio da presença de Deus e também do carinho por Maria, que as pessoas mais próximas, familiares e amigos, vão visitar todos os dias. É nesse Santuário particular, repleto do Espírito, Santo que vamos encontrar forças para superar as dificuldades e sermos exemplos, testemunhas, discípulos.

Ah se tivéssemos esse pensamento. Nossas igrejas e nossas paróquias seriam sempre uma grande festa. Participaríamos com fé das missas. Jamais podemos esquecer que a oração mais perfeita que possa existir é a Eucarístia.

E participando bem da comunidade e da nossa paróquia durante todo o ano, seria ainda mais gostoso visitar Nossa Senhora em Aparecida. Jamais devemos ter vergonha de fazer nosso pedido à Maria, mas também não podemos deixar de compreender que o grande milagre é o próprio Deus.

sábado, 23 de julho de 2011

Jovens.........que são de Deus

Posso dizer, tranquilamente, que tenho excelentes amigos. Muitos deles, verdadeiros irmãos, mas que infelizmente não participam ativamente da Igreja. Muitos, inclusive, entraram em uma igreja poucas vezes. Contudo, são pessoas, ou melhor, jovens que só pensam em fazer o bem e viver a vida coerentemente, amando os amigos, respeitando as pessoas e valorizando a vida e a família. Não existe maldade no coração desses jovens.

São jovens de uma alegria, de uma força, de uma esperança de dar gosto, iguais aos jovens que Deus quer ao seu lado. Alguns, inclusive, me disseram que sentem saudades de participar da missa, de ir à igreja. Isso eu ouvi na tarde deste sábado, dia 22 de julho. Confesso que fiquei feliz com essa afirmação, pois senti que a semente está plantada ainda, basta cultivar e cuidar para que essa planta cresça e dê frutos. Oh meu Deus do céu, como o Senhor seria maravilhoso fazendo com que isso realmente acontecesse. Rezo para que eles descubram as maravilhas de serem jovens cristãos. Alguns deles estão casando ou nos preparativos para o casório, todos trabalham e tenho certeza que seriam felizes ao Seu lado.

Assim, também, são inúmeros jovens do nosso mundo, das nossas cidades...que se esquecem de Deus porque as coisas do mundo são "mais" atraentes. Mero engano, não meu Deus? Mal sabem que o Senhor não quer roubar a juventude e alegria deles, mas quer que esses jovens continuem alegres e vivendo a juventude nas coisas de Deus.

Tenho certeza que todos eles são Seus. E que essa distância que tomam do Senhor seja passageira, pois logo perceberão a beleza e a delícia em dizer que são jovens cristãos.

Sempre ouvimos dizer que a Igreja vai acabar porque os jovens não participam. Sabe que prefiro pensar que a nossa Igreja nunca vai acabar porque ela é justamente um dom vindo dos céus, é presente de Deus. Ele, com certeza, vai cuidar e fazer desses jovens de hoje, excelentes cristãos amanhã. Essa é minha certeza e minha fé .

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Evangelizando é um comunicador

Há tempos venho pensando em realizar um trabalho unindo comunicação e teologia. Inclusive, penso que meu trabalho de conclusão de curso deve caminhar pra essa área. Encontrei esse texto do presidente da CNBB, que fala muito bem sobre o assunto. Segue o texto:

A Igreja existe para evangelizar, para comunicar a Boa Nova do Evangelho e fazer discípulos de Jesus entre todos os povos. Esta é a missão que o Senhor confiou à Sua Igreja, com a garantia de que Ele estaria com ela [Igreja] até o fim do mundo (cf. Mt 28,19). Obedientes ao mandato de Jesus, os apóstolos, logo após a Ascensão de Cristo, saíram para proclamar a Boa Notícia por todos os lugares (cf. Mc 16,20).

A mensagem de Jesus não é esotérica, isto é, não é para ficar escondida ou reservada a algum grupo de iniciados, a alguma seita ou religião; ao contrário, ela é destinada a todos os povos: "O que vos é dito aos ouvidos, proclamai-os sobre os telhados" (Mc 10,27).

São Paulo, após a sua conversão, compreendeu essa necessidade de comunicar a mensagem do Evangelho de maneira radical: "Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não evangelizar" (I Cor 9,16).

Diante desta urgência da missão, a Igreja não pode deixar de usar os modernos e potentes meios de comunicação, como a imprensa, o rádio, o cinema, a TV, o celular, a internet e outros mais, para comunicar a uma imensa multidão de pessoas a mensagem de Cristo, "o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam sua perfeição" (Bento XVI).

Não podemos nos esquecer de que os meios de comunicação são apenas instrumentos para nos comunicar, não são bons nem maus; tudo depende da finalidade de seu uso. Eles não devem substituir o contato pessoal, pois a comunicação é, antes de tudo, relação entre pessoas para criar comunhão, pois o homem é um ser relacional e a comunicação é essencial em sua vida.

Mais importante que os meios usados é o comunicador e a mensagem que ele transmite. Aliás, este é o sentido da palavra "comunicação", que vem do latim "communis" e significa "comunidade". Não devemos, pois, nos isolar das pessoas que estão ao nosso lado, nem querer construir um mundo paralelo, diferente daquele em que vivemos.

Mesmo não tendo os meios modernos de comunicação ao seu alcance, você, discípulo e missionário de Jesus, deve ser um evangelizador, um comunicador, em sua casa, em seu trabalho e na sua vida social.

Dom Raymundo Damasceno Assis
Presidente da CNBB e Cardeal Arcebispo de Aparecida

terça-feira, 10 de maio de 2011

A graça de ser só

Segue mais um lindo texto do padre Fábio de Melo. Espero que gostem.

Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.

Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.

Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode".

A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.

Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.

Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.

Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.

Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.

É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.

sábado, 7 de maio de 2011

O Todo Divino no nada humano!!!!!

Na última quarta-feira tivemos uma noite de espiritualidade no seminário, onde pudemos rezar a Ressurreição de Cristo. E neste eu rezei um pouco do que partilho aqui. E outros assuntos temas vão sendo adicionados às orações no cotidiano.

Com um olhar humano parece estranho pensar que alguém foi capaz de dar a vida pela gente. Seria um louco? ou alguém que apenas queria aparecer e ser eternamente lembrado? Com os olhos da fé a gente logo percebe que não é nem um e nem outro: foi alguém que apenas amou. E como se não bastasse ter assumido a cruz, ainda nos ensinou: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

Como o mundo seria diferente se apenas fizesse o que Jesus pediu. Tudo seria mais simples, mais humano, mais fácil.

E quando Jesus, já ressuscitado, nos dá o Espírito Santo, também nos ensina que devemos levar a ressurreição a todos. Essa é a maior mensagem que podemos dar a alguém. Nas nossas dificuldades, nas nossas lutas e labutas, o Ressuscitado nos ensino. Nos momentos de vazio, de desânimo, quando nos sentimos um nada, a Jesus também nos ensina: "A vida venceu a morte".

Assembleia dos bispos aprova a criação da Comissão para a Comunicação

Fonte: www.a12.com

Os bispos da 49ª Assembleia Geral da CNBB aprovaram, na manhã de hoje (6), o desmembramento do Setor de Comunicação Social da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação tornando-se uma Comissão específica.

A proposta já havia sido aprovada pelos Conselhos Pastoral e Permanente da CNBB. Com esta decisão, sobe para 12 o número de Comissões Episcopais Pastorais, que formam o Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da CNBB.

A nova Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação será composta por três bispos.

“A CNBB já mereceria uma comissão específica para a comunicação devido à importância da comunicação na Igreja e na sociedade. A comissão facilitará a interface com a assessoria de imprensa da CNBB, com a Pastoral da Comunicação e outros organismos. Chegou o momento de a comunicação ter sua comissão. Com isso o trabalho passa a ser mais dinamizado”, disse o presidente da atual Comissão para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, Dom Orani João Tempesta.

“Ressuscitados, mas como?”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira - Missionário Redentorista

Acreditamos na Ressurreição de Jesus. Mas quando queremos dizer o que significa este mistério em nossa vida, sentimos dificuldade. Vemos os primeiros cristãos navegarem neste assunto com tanta facilidade. Paulo ensina este tema com muita facilidade. Era a linguagem comum na reflexão e na vivência da comunidade: “Se ressuscitastes com Cristo” (Cl 3,1).

A espiritualidade das comunidades era a Ressurreição. Se olharmos estamos mais voltamos para a culpa de nossos pecados e, como é difícil a conversão, continuamos em nossos erros. Converter-se para que? Se tivermos a consciência da Ressurreição temos motivo para nos converter. O ponto fundamental do conhecimento deste mistério de Jesus está em nossa união com Ele. Ao assumirmos o Batismo percebemos que Ele vive em nós porque nós nos inserimos Nele e vivemos em união a Ele.

A espiritualidade pascal está em viver em Cristo a Vida Nova. Nós a vivemos na medida em que o buscamos através de nosso modo de agir, de buscá-lo, de amá-lo em tudo. Quem é de Deus conhece quando Deus se manifesta. Não se trata de sentimento, de sentir-se bem, de estar feliz, mas de estar voltado para Ele nas circunstancias de nossa vida, mesmo nas dificuldades e nas quedas. O pecado não impede o crescimento. A conversão torna-o um trampolim para um amor maior. A união interior se faz pela fé e pela graça que se manifesta nas coisas que fazemos.

A árvore dá frutos a partir de sua seiva. Paulo diz que venceu tantas coisas, largou tudo porque seu viver era Cristo: “Eu vivo mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Os sofrimentos que passou eram um nada em comparação com sua vida em Cristo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A difícil, mas necessária, arte de recomeçar

Andrey Nicioli

Definitivamente não somos senhores do mundo e por isso não conseguimos controlar tudo o que acontece ao nosso redor. Muitas vezes a vida nos prega algumas surpresas que nem sempre são agradáveis. Uma tragédia, como a que aconteceu na região Serrana do Rio, onde centenas de vidas foram ceifadas; a morte de alguém muito próximo; a separação de famílias; ou a demissão de um emprego. São muitos os acontecimentos que podem nos fazer sofrer.

E quando isso nos acontece uma pergunta é imediata: sou capaz de superar isso?

Sim, e o primeiro passo é querer superar. Temos como vocação primordial a felicidade. Mas quem disse que felicidade significa sorrir o tempo todo? A felicidade também passa pela lágrima e pela dor. E cada um tem o seu sofrimento, que deve ser respeitado e não dimensionado, isto é, afirmar que o meu sofrimento é maior do que o do outro.

O sofrimento de um filho que chora ao lado do caixão de um pai ou mãe dói da mesma forma que o daquela pessoa que não tem dinheiro para comprar comida para alimentar os filhos, ou até mesmo daquele que enterrou 15 parentes depois de uma tragédia natural. O sofrimento passa pela experiência individual.

Mas já pode ser considerado um vencedor aquele que teve coragem para se reerguer. No filme Batman, uma frase me chama atenção. “Por que caímos? Para aprendermos a nos levantar”. E nossa vida deve seguir um pouco desse caminho. Temos que saber erguer a cabeça e enfrentar os sofrimentos e as mortes que a vida nos coloca. O padre Fábio de Melo tem uma frase que também exprime esse sentimento. “Devemos olhar a primavera que o outono nos prepara”. Para o aparecimento das belas flores, é preciso a morte das sementes.

É preciso encarar o sofrimento ou a dor e saber tirar lições. Pois, afinal, queremos que nossa vida seja um belo jardim, cheio de flores. Diante de tudo o que não podemos mudar, há sempre o que aprender e compreender. Na dor, sermos capazes de encontrar alguma resposta, ainda que silenciosa, que nos sugira e possibilite um aprendizado. Quando falo em recomeçar não quero dizer que devemos esquecer tudo o que nos acontece, mas sim, que não podemos ficar paralisados diante do sofrimento.

Não fomos criados por Deus para as derrotas. E é nos lábios e na vida de Cristo que encontramos força, ânimo e alegria para enfrentar os sofrimentos, a dor e a morte.

E é ai que a Cruz nos trás um grande ensinamento. A morte não vence a vida e apesar de carregarmos tantas cruzes, ainda somos capazes de vivenciar a ressurreição dentro de nós, porque não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim.

Assim, o ato de recomeçar, torna-se a atitude fundamental para a felicidade. Ter a certeza de que Deus caminha conosco nos dá o amparo necessário para recomeçar. Ah, como o Pai do céu é bom porque me dá coragem para enfrentar as quedas e superar os desafios. E é nessa dinâmica da vida que vamos construindo nossa história. Uma história feliz, onde Deus é o personagem principal.

sábado, 2 de abril de 2011

Voltar à ativa!!!!!

Eu prometo voltar à ativa o mais rápido possível. Voltar a escrever para o blog. Escrever me faz bem, nos faz bem......

Eu juro!!!!
Eu prometo!!!!